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Jetro Salazar - Campeão brasileiro MX1 e MXElite




Nesta semana nosso convida na coluna "Personalidades" é o equatoriano de 28 anos, que nasceu em Quito e cresceu no Peru. Ele está no Brasil há cinco anos e já acumula quatro títulos brasileiros, dois na MX1 (2016 e 2019) e dois na MX Elite (2018 e 19). Depois de fazer parte da equipe privada Escuderia X, em 2018 passou para a equipe Honda Racing e logo em seu primeiro ano garantiu um título nacional. Talentoso e com uma garra impressionante, Jetro buscou durante toda a temporada 2019 superar seus adversários, tanto o seu companheiro de equipe, Hector Assunção, como os pilotos da Yamaha, o espanhol Carlos Campano e o português Paulo Alberto.


Ele e a equipe Honda oficial chegaram na última etapa com chances de serem campeões, mas Salazar tinha a dura tarefa de segurar a pressão dos líderes das categorias MX1 e MX Elite, Campano e Hector, respectivamente, sem esquecer o Paulo. Mas ele não se intimidou e partiu para as batalhas finais contra seus adversários fortíssimos. E o resultado veio: Jetro é o campeão nacional nas duas categorias. Diante dessas grandes conquistas, e aproveitando o confinamento, apresentamos essa entrevista com o atual campeão brasileiro.

DA – Gostaria que você fizesse um resumo da temporada, afinal de contas foi um ano muito competitivo e o título só foi conquistado na última etapa.

Jetro – Foi uma temporada de altos e baixos, bem disputada, decidida na última bateria. Desde de 2014, acredito que não vi um campeonato finalizar assim. Com certeza, foi um dos mais acirrados da história do motocross brasileiro.

Quais foram suas maiores dificuldades na temporada passada?

A maior dificuldade para mim foi na quarta etapa, em Fama (MG). Na última volta do treino classificatório, no sábado, machuquei o punho esquerdo, fissurou a ponta do rádio. A princípio, achei que era o escafoide, mas uma ressonância confirmou o que realmente aconteceu. Mesmo assim, sentindo muitas dores, fui para a corrida no domingo. Felizmente eu consegui andar bem, fiz um segundo lugar na primeira bateria e um quarto na segunda prova.

Além de competir com o seu companheiro de equipe pelo título, você disputou com Carlos Campano e Paulo Alberto, ambos da Yamaha. Como foi brigar com esses pilotos?

A partir da segunda etapa, deu para saber que quem iria brigar pelo campeonato comigo seria o meu companheiro de equipe, Hector Assunção, o Paulo Alberto e o Carlos Campano. Acredito que temos velocidade e boa diferença para os demais competidores. Sabíamos que seria uma competição difícil, pois somos pilotos das duas principais equipes, além do duelo Honda versus Yamaha.

Como é o seu relacionamento com o Hector, já que o objetivo de ambos é o mesmo, ser o campeão?

O relacionamento é bom, me dou muito bem com o Hector. Além de sermos companheiros de equipe, somos amigos e compartilhamos muitas coisas. Temos um ambiente muito agradável, que deixa os treinos mais fáceis. Tínhamos a mesma chance de ser campeão e sempre falávamos que qualquer um que ganhasse seria bom porque seria um título para a Honda.

Em 2018 você foi o campeão da categoria MX Elite e em 2019 repetiu a façanha na mesma categoria e venceu também a MX1. Qual foi a temporada mais difícil? Por quê?

Com certeza, 2019 foi mais difícil, apesar de ter me machucado também em 2018 – lesionei o cotovelo e o joelho. Mas a disputa em 2019 foi muito mais acirrada, com quatro pilotos lutando pelo título. Em 2018, apenas o Campano e eu brigamos pelo título.

Você compete com a Honda CRF 450R. Foram realizadas muitas mudanças na motocicleta, comparando com o modelo da temporada anterior?

Mudamos a preparação do motor. A ciclística permaneceu basicamente igual. Usamos mesas e links da suspensão diferentes. Mas o que mudou bastante mesmo foi o motor, que foi sensacional a temporada toda. Ele foi chave para obtermos bons resultados ao longo da temporada.

Durante a temporada 2019, qual foi a melhor e a pior pista do Campeonato Brasileiro de Motocross?

Gosto muito do layout da pista de Morrinhos (GO), bem motocross, com descidas e subidas, além da terra ser boa, se bem tratada. Em 2019, fizeram uma boa manutenção na pista, que ficou muito boa. Já a pior foi a de Jarinu (SP), uma pista muito pequena, com curva de 180 graus. Considero uma pista boa para treinar, mas não para uma corrida do Brasileiro de Motocross.

Recentemente nós vimos uma situação atípica no campeonato, com a não realização da categoria MX Elite na etapa em São Paulo. Qual é a sua opinião sobre o que aconteceu? O que pensa sobre o campeonato brasileiro? Acredita que é preciso mudar algo?

Foi uma democracia, os pilotos se reuniram e a maioria preferiu transferir a corrida para a etapa seguinte, objetivando a segurança de todos. Temos certeza que a Confederação Brasileira de Motociclismo, patrocinadores e pilotos devem conversar sempre pela melhoria do esporte.

A MX Elite aconteceu pelo segundo ano no Brasileiro em 2019, mas alguns pilotos não são favoráveis à categoria. O que pensa sobre ela?

A categoria MX Elite é boa para os pilotos das motos de 450 cc. Na largada, as 250 ficam um pouco para trás. Mas existem algumas pistas mais travadas que elas vão melhor. Como espetáculo ao público, a MX Elite é uma categoria ideal, pois enche o gate.

A equipe Honda participou novamente no Mundial de Motocross, na etapa argentina no ano passado. Como foi essa experiência? O que achou do nível dos pilotos do Mundial e das motocicletas?

Participar de uma etapa do Mundial de Motocross sempre é uma experiência boa. Qualquer oportunidade de correr com pilotos que são mais rápidos do que você é sempre importante. É uma oportunidade que a Honda nos deu e que a gente valorizou muito.




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