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Entrevista - Rômulo Bottrel


Bottrel, um dos grandes nomes do off-road nacional, competiu em muitas modalidades e colecionou vitórias e títulos. No ano passado, ele decidiu se aposentar, mas continuou na equipe Honda, como gestor técnico. E, a partir desta temporada, assumiu a chefia da equipe de enduro, uma nova fase na sua vida profissional. E de cara, na estreia no Brasileiro de Enduro, os pilotos da equipe subiram ao lugar mais alto do pódio, inclusive Bruno Crivilin, que estreou na motocicleta CRF 450R em nova categoria, a E2.


Conversamos com o novo chefe de equipe da Honda de Enduro, para sabermos mais sobre essa grande novidade do esporte nacional. Bottrel fala da sua oportunidade de chefiar a equipe, os trabalhos realizados na pré-temporada, os grandes resultados na sua estreia como chefe da equipe e muito mais.


DA – Depois de anos competindo e conquistando títulos, nesta temporada você assumiu a chefia da equipe Honda de Enduro. Como surgiu essa oportunidade?

RÔMULO – Primeiramente, eu gostaria de cumprimentar os leitores e agradecer à revista Dirt Action, pelo espaço. Bom, no final de 2023 eu me aposentei como piloto profissional na Honda, e no ano de 2024 continuei na equipe, mas como gestor técnico. Consegui elevar o patamar de preparação e acerto das motos, o polimento da técnica dos pilotos e o treinamento dos mecânicos.


Todo esse trabalho teve como consequência os melhores resultados possíveis e vencemos todas as categorias em que participamos. No final do ano, recebi o convite da Honda para ser o chefe da equipe, eu entrei de cabeça e já comecei a dar andamento nesse processo imediatamente.


Esta será sua primeira temporada como chefe de equipe da Honda. Ter uma grande experiência como piloto ajuda na nova função?

Sim, esse é meu primeiro ano nessa nova função e, é claro, vai ser um grande desafio. Eu sigo campeonatos nacionais ou estaduais desde os meus cinco anos de idade, e neste ano eu completo 35. Já fui piloto oficial de cinco marcas diferentes, também já fui piloto privado por muitos anos, tenho experiências internacionais e carrego títulos em modalidades diferentes, como motocross, cross country, supermoto, hard enduro e também no enduro. Posso dizer que, durante a minha carreira, conheci praticamente todos os lados das competições no motociclismo, e tenho certeza de que isso irá agregar muito nessa minha nova função!


Sabemos que chefiar uma equipe vencedora como a Honda não é uma tarefa fácil. Como está se sentindo com a nova função?

Estou me sentindo muito bem, para mim é algo natural e extremamente prazeroso ao mesmo tempo. Lutar por títulos está no meu sangue.


A equipe tem grandes nomes do enduro, incluindo campeões brasileiros. Como está sendo o relacionamento com eles?

O relacionamento é excelente! Entendo perfeitamente o lado do piloto, consigo conversar com eles “de igual pra igual”, e isso traz uma sintonia incrível para a equipe!


O Bruno Crivilin vai competir no Brasileiro de Enduro em uma nova motocicleta (450cc) e categoria (E2). Qual é a sua expectativa dessa mudança?

Bom, eu tenho muita experiência com motos de alta cilindrada e sei que elas podem dar muito certo no enduro, porém o equipamento precisa estar extremamente bem acertado para o estilo individual do piloto. Pensando nisso, fizemos testes com três tipos completamente diferentes de motor e um deles casou perfeitamente com a pilotagem do Crivilin. Posso dizer que ele está com um equipamento customizado no nível do Mundial. Quero aproveitar e agradecer todo esforço do Charles Motos e da PowerMap, que me ajudaram a colocar esse projeto em prática.


Ele também vai competir no Brasileiro de Rally. O que achou dessa decisão?

Eu achei a decisão espetacular. Desta forma, ele consegue desempenhar o seu projeto de enduro sem perder um ano no rally, além de ganhar uma temporada de adaptação “sem pressão” na nova modalidade, que na minha opinião merece um cuidado a mais, pelas altas velocidades que ela proporciona.


E como foi a pré-temporada? Houve tempo suficiente para treinos e testes?

Na verdade, a pré-temporada foi um pouco mais apertada do que eu gostaria. Por ser o meu primeiro ano, tive que dar muita atenção para a parte estrutural da equipe, além da parte de técnica de pilotagem dos pilotos. Já a parte das motos… Hum, essa parte não faltou nada, essa é a minha maior paixão, virei noites e percorri quilômetros para que elas estivessem 110%. E já na primeira etapa tivemos um equipamento com o funcionamento de brilhar os olhos!


O Brasileiro de Enduro iniciou no Paraná, nos dias 22 e 23 de março, e a equipe conquistou vitórias. Como você avalia o desempenho da equipe na primeira etapa? (*)

Foi uma estreia de respeito! A equipe funcionou redondo, todos os pilotos venceram suas categorias e, de quebra, o Bruno Crivilin venceu a geral em cima de um piloto estrangeiro muito renomado! O mais legal é sabermos que a tendência é melhorarmos ainda mais!


(*) A equipe venceu também a segunda etapa em Utinga (MG)


Foto Doni Castilho/Mundopress

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