Entrevista - Lorenzo Ricken - O jovem campeão
- DirtAction
- 9 de set. de 2024
- 4 min de leitura

O jovem piloto catarinense de 10 anos nasceu em Rio Fortuna e começou a andar de moto aos quatro anos. Sua primeira competição foi aos cinco anos, pelo Campeonato Catarinense, e desde então tem o Motocross como paixão. Seu currículo já tem alguns títulos de peso: campeão brasileiro de motocross na 50cc (2022), campeão do Arena Cross 50cc (2022) e bicampeão catarinense de motocross na 50cc e 65cc.
Lorenzo entrou para a equipe oficial da Husqvarna em 2024. Ainda no início do ano, ele foi para os Estados Unidos fazer a pré-temporada no Loretta Lynn’s, participando em provas regionais e classificatórias, e ficou entre os top 10. E recentemente conquistou os títulos da 65cc no Brasileiro de Motocross e Arena Cross, com uma Husqvarna TC 65.
DA – Como você chegou nas competições off-road? O incentivo veio da família?
RICKEN – Meus pais são apaixonados pelo esporte, acompanham o motocross há muitos anos. A moto surgiu para mim como um lazer e pouco a pouco o espírito de competição foi tomando conta. Minha primeira prova foi quando eu tinha 5 anos, em um campeonato regional, aqui em Santa Catarina, e a partir daí não parei mais de competir. O bom é que tenho apoio de toda minha família. Meu pai, minha mãe e minha irmã sempre estão comigo, em todas as provas.
Você faz parte da equipe Husqvarna Power Husky/Itaminas, que está presente nos campeonatos nacionais de motocross, enduro e hard enduro. Como é fazer parte de uma grande equipe?
É uma honra poder representar uma marca com tanta credibilidade como a Husqvarna. A Power Husky me deu essa oportunidade e eu agarrei com muito carinho. É importante para um piloto ter esse suporte, pessoas especializadas no esporte dando o apoio que precisamos no campeonato. Está sendo uma experiência fantástica.

Como a sua motocicleta se comportou na temporada? A adaptação foi fácil?
A TC 65 é simplesmente demais! Assim que comecei os treinos com ela, me senti muito confiante, a moto tem um encaixe perfeito, uma ciclística incomparável. É uma moto muito mais leve, o que me fez evoluir muito. Além de ser muito bonita.
Na pré-temporada você participou nas provas classificatórias para o Loretta Lynn’s. Como foi essa experiência nos Estados Unidos e quais foram suas maiores dificuldades?
Minha preparação para esta temporada começou no final de 2023, quando disputei o Mini O’s, maior campeonato de motocross amador do mundo, e terminei entre os top 15. Depois, no início deste ano, participei em provas classificatórias para o Loretta Lynn’s e estive em um dos melhores centros de treinamento dos Estados Unidos, no MTF (Millsaps Training Facility). Tudo era novidade para mim, os meninos de lá têm um nível de pilotagem muito bom, me esforcei muito para chegar no nível deles. Foi uma experiência incrível e espero voltar para lá em breve.
Você conquistou os títulos do Brasileiro de Motocross e do Arena Cross. Como foram as provas finais desses eventos?
Eu tinha feito um bom treino (para o Arena Cross) e a pista estava muito boa, gostei bastante, mas na hora da corrida acabei errando, cai e consegui me recuperar e fui campeão, estou muito feliz com mais esse título. No Brasileiro de Motocross me preparei muito para a final e estava com a cabeça boa. Eu sabia que se terminasse em terceiro, o título estava garantido, dai larguei na ponta, depois o Zion (Berchtold) me ultrapassou mas mantive o ritmo, não podia errar. E foi o que aconteceu, fiz uma boa corrida e fui campeão com a terceira posição. Muito feliz!
Você já conquistou títulos nacionais na categoria 50cc e neste ano os campeonatos na 65cc. Foi mais difícil do que quando corria na 50cc?
Essa temporada, agora na 65cc, foi mais difícil. O nível dos pilotos está muito alto. A pilotagem da 50cc para a 65cc muda bastante, a moto é bem mais forte e agressiva e a gente precisa de mais técnica e treino. Trabalhamos cada vez mais o psicológico, posicionamento e técnica para evoluir como piloto.
Tem algum ídolo no esporte?
Hoje em dia eu gosto muito da performance do Stephen Rubini, Paulo Alberto e Enzo Lopes, e tem muito piloto bom ainda. Lá fora, gosto do Jett Lawrence.
Como é a sua rotina de treinos? Consegue conciliar o esporte com os estudos?
Minha rotina de treinos é pesada, com muita disciplina e regras. Sempre estou focado na evolução, dia após dia. Tenho treino físico e também psicológico para me dar um suporte ainda melhor. Tem a disciplina nos treinos e a disciplina da família e dos estudos. Tenho muita gratidão aos meus professores e coordenadores, que abraçam comigo o meu sonho e tornam ele possível. A escola é muito importante e minha dedicação ao esporte acontece em paralelo. Acho que o esporte e a educação formam o caminho certo para toda criança.
O que gosta de fazer nas horas de lazer, quando não está na motocicleta?
Quando tenho tempo livre, gosto de brincar de pit bike, jogar futebol e brincar na rua com os meus amigos, qualquer brincadeira. O legal é se divertir!







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