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Entrevista - Haiden Deegan

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Ele surgiu como uma promessa do esporte e mostrou ser um dos mais duros adversários, que faz de tudo para vencer. Foi elogiado e criticado ao mesmo tempo e, apesar dos deslizes, é um dos mais adorados pilotos pelos jovens fãs do esporte. Depois de conquistar o título do motocross no ano passado, a meta era vencer o supercross, o que aconteceu após três anos buscando essa conquista.


Alguns o consideram arrogante e outros um grande piloto, mas todos concordam que ele tem grande talento e pode ser mais um piloto americano a colecionar títulos nacionais. Recentemente, em uma entrevista, ele falou das suas conquistas, decepções e alegrias no esporte. Acompanhe um resumo e conheça mais o novo campeão do AMA Supercross da 250SX.


O que pensou quando conquistou o título do supercross?

Definitivamente, o primeiro pensamento que passou pela minha cabeça foi que finalmente ganhei o campeonato. Foi um momento surreal, do jeito que aconteceu, mesmo vencendo bem cedo. Tive um pouco de sorte de ter conseguido dessa forma. Eu estava bem animado e, sim, mas com muito sacrifício para chegar até esse ponto, porque o meu objetivo no ano passado era conquistar o título do supercross e acabei quebrando o punho pouco antes da primeira rodada. Então, só tive umas duas semanas de preparação da moto e estava com muita dor, por causa da recente cirurgia. Obviamente, o objetivo era ganhar o título, mas o perdemos por 4 pontos, o que foi um pouco lamentável. Mas lesões acontecem nesse esporte.


Quais foram os principais desafios para conquistar o título do motocross no ano passado?

A parte mais desafiadora foi obviamente querer vencer o supercross do ano passado e acabar me machucando logo antes. Foi bem complicado. Eu quebrei o punho três semanas antes da primeira rodada, fiz uma cirurgia e acabei correndo, mas não estava bem e cometi erros. Ano passado foi um grande ano de aprendizado para mim. Os altos e baixos foram uma experiência reveladora e me motivou muito a começar a andar bem no motocross e conquistar o título.

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Quais eram os objetivos para esses anos no esporte?

Estabeleci algumas metas, padrões bem altos sobre o que queria fazer, e ganhar um campeonato tão jovem, aos 19 anos, é raro. Olhei algumas estatísticas e vi meu nome, Ricky (Carmichael) e (James) Stewart, acho; e 22 caras lendários que conquistaram o título de supercross e motocross com uma mesma equipe. São estatísticas bem malucas. Sim, meu objetivo é sempre ser campeão, e queria ganhar o supercross e o motocross antes dos 20 anos, e conseguimos.


Quais as diferenças entre treinar como amador e como um profissional?

Tive que ir da Califórnia para a Flórida, o que foi um grande sacrifício, sabe, para perseguir o sonho de tentar ser um piloto profissional. Eu definitivamente poderia ter relaxado na Califórnia e vivido com a família, mas mudei para a Flórida. Morei num motor-home por cerca de um ano, nas instalações da Star Racing, e o treinamento é bem complicado. Fui lançado logo no primeiro dia com todos os pilotos profissionais. Eles literalmente recebem as motos e começam o treinamento. É como se você fosse lançado direto no programa. Então, vindo de uma infância na Califórnia, trabalhei duro. Mas mudar para a Flórida foi simplesmente um outro nível, e eu tive que me adaptar rápido. Acho que foi isso que me tornou tão forte, de me adaptar rápido às coisas.


Como os treinadores lhe ajudaram a atingir seus objetivos?

Eu diria que nos primeiros dois anos em que estive na Star Racing, eles realmente não foram fáceis comigo. E é isso que sinto, que ajudou, sabe, eu fiz o programa e trabalhei, e foi isso que construiu a base. As coisas estão um pouco mais legais agora que ganhei os campeonatos. Mas, definitivamente, quando me mudei para cá, não levava desaforo para casa.


Qual ponto durante o treinamento permitiu você ter grandes avanços?

Não sou realmente o mais rápido de todos os tempos na pista de treino. Sou um piloto, então, quando chega a hora de correr, consigo melhorar. Sinto que no ano passado, durante a temporada do motocross, foi uma grande mudança, quando consegui meu primeiro campeonato nacional no outdoor. Houve tanto progresso que, comparando com a primeira temporada, na temporada seguinte no motocross eu fiquei em segundo lugar na abertura. Então, acho que é só seguir o programa, me manter focado e ser um piloto. Honestamente, posso colocar minha mente no modo corrida e seguir.


Quais são suas primeiras lembranças de quando queria se tornar um atleta profissional?

São de que eu faria alguma coisa em uma moto off-road. Eu era mais jovem, assistindo ao meu pai e todos os seus amigos fazendo freestyle e coisas assim, e meio que criei na minha cabeça que faria alguma coisa em uma moto. Sim, meu pai me levou para a competição primeiro. Mamãe não ficou muito animada porque ela realmente não queria que eu corresse. Mas depois disso eu me apaixonei. Como se correr fosse a minha praia. Além disso, era um garoto e então estava sempre tentando manobras. E fazia backflip aos 10 anos.


Quem mais lhe inspirou ao longo de sua carreira?

Eu admirava muito o (Ryan) Dungey nas corridas, mesmo que nossas atitudes fossem completamente diferentes. Obviamente que tinha caras como Stewart e Ricky, e alguns dos caras lendários, como (Chad) Reed. Observava muita gente. Há alguns caras que realmente trabalham duro, que são mais fortes, pela forma com vencem. No motocross, você tem de estar em ótima forma e ter velocidade, obviamente, e técnica, mas com aquele tempo de 30 minutos, se você ainda estiver martelando, é muito mais fácil vencer corridas. Quero dizer que ainda tem caras como o (Eli) Tomac e outros que são admirados também.


Quão importante é a força mental nas corridas?

Acho que a força mental é uma das grandes coisas que dividem as pessoas, daquelas que são campeãs ou não. Esse esporte é muito difícil. Você é julgado por tudo que faz, é da natureza humana. Pessoas vão tentar lhe derrubar e pessoas irão lhe apoiar na sua ascensão, mas quando veem você se saindo melhor que elas, passam a querer lhe derrubar. Então você tem que ser muito forte mentalmente e apenas seguir no treinamento geral e essas coisas. Os ataques, as críticas, são excessivas. Você fica fisicamente desgastado e precisa se levantar. Meus pais realmente não me deixavam aceitar desaforo, então, você sabe, meu lado mental é bem forte.


Algum conselho para crianças que estão tentando ter sucesso no esporte?

O conselho que dou para as crianças é: vocês têm que se esforçar. Obviamente, tive o apoio dos meus pais, e é assim que acontece com muitas crianças no esporte. Mas, dependo do que você tem, você só precisa se esforçar, ser consistente e ser humilde (risos). Se esforce e não desista!


Fotos Guilherme Lima

 
 
 

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