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Entrevista - Firmo Henrique Alves - Diretor Promox Brasil

DirtAction

Depois de anos à frente na administração da Confederação Brasileira de Motociclismo (CBM), Firmo passou a ser o promotor do Campeonato Brasileiro de Motocross com a Promox Brasil a partir da temporada passada, um ano repleto de grandes batalhas pelos títulos nacionais, com muitos participantes nas etapas e um grande público acompanhando as provas.


Para 2025, a Promox Brasil traz novidades para o Brasileiro, como a mudança do nome do campeonato, agora denominado MX1 GP Brasil, e etapas em todas as regiões do País, além de fechar a temporada em um dos templos do motocross nacional, a pista de Indaiatuba (SP). Diante de tantas novidades, decidimos bater um papo com o Firmo para sabermos mais sobre a nova temporada do campeonato e das outras surpresas para 2025.


DA – Na temporada passada, você estreou como promotor do Brasileiro de Motocross, depois de anos atuando como presidente da Confederação Brasileira de Motociclismo. O que lhe fez seguir por esse caminho?

FIRMO – No meu projeto pós-CBM, a princípio iria ficar somente na Comissão Internacional de Mototurismo da FIM (federação Internacional de Motociclismo), cargo que ainda ocupo. Após a eleição do Jacob, em uma boa conversa na transição, ele me informou a preocupação com o motocross e me disse que tinha a intenção de implantar na CBM o modelo de gestão usado pela FIM, que é ter promotoras de evento à frente dos campeonatos, e me fez um convite para ser o promotor do Campeonato. Fomos conversando e aceitei o convite.


Como foi seu primeiro ano como promotor? Quais foram as principais dificuldades?

Embora pareçam ser atividades similares, há diferenças entre ser o presidente da CBM e promotor de um ou mais campeonatos, são atividades bastantes distintas. Foi um ano de muito aprendizado. No princípio eu tive muita dificuldade, mas depois tudo foi se encaixando e finalizamos o Campeonato pela primeira vez na história da CBM e do motociclismo brasileiro sem alterar nenhuma data, e o Campeonato foi um verdadeiro sucesso, batendo recorde de pilotos e público.  


Na temporada 2024, duas etapas foram realizadas no Festival Interlagos, em São Paulo (SP), local que está ausente do calendário de 2025. O que provocou essa mudança?

Tivemos três anos de parceria com o Festival Interlagos e posso afirmar que foi uma grande experiência e satisfação estar dentro desse grande evento. Entretanto, o Festival cresceu muito e o MX1 GP Brasil também. E por conta desse motivo tornou-se inviável continuar essa parceria.  


Como foi montar o novo calendário abrangendo todas as regiões do País?

Eu sempre tive a intenção de realizar o MX1 GP Brasil por todas as regiões do Brasil. Trabalhei muito ao logo do tempo para que um dia isso pudesse se tornar realidade. Hoje, pela primeira vez na história do motociclismo brasileiro, isso se tornar realidade. E tenho a certeza que, a partir dessa conquista, o MX1 GP Brasil se tornará muito maior. Entendo que isso será uma linha divisória entre o antes e o depois.


Nas diversas entrevistas que realizamos com pilotos que participam do Campeonato Brasileiro, alguns mencionam a necessidade de melhorias nas pistas do evento. O que pensa sobre isso?

Alguns pilotos das categorias de acesso e dos veteranos sempre terão dificuldades com algumas pistas. Talvez o caminho fosse separar os campeonatos e, com isso, “aliviar” as pistas do amador e “apertar” as pistas do piloto profissional, pois não podemos ter pistas leves e deixar de lado os pilotos da MX1. Se queremos um dia ter um brasileiro campeão mundial de motocross, um dos caminhos é ter pistas profissionais. 


A etapa final acontece na pista de Indaiatuba (SP), palco de inúmeras provas do Brasileiro e que também recebeu etapa do Mundial de Motocross e o Motocross das Nações. Como surgiu a oportunidade de retornar a esse templo do esporte?

Penso que devemos ter pistas fixas, tradicionais, com provas todos os anos nos mesmos locais, assim como acontece lá fora. Um dos locais icônicos e um dos templos do motociclismo brasileiro é a pista de Indaiatuba. Para isso acontecer, eu precisava convencer a Prefeitura de Indaiatuba e a Honda, que consegui este ano. Acredito que será uma prova histórica, épica, que será marcada nas mídias e na memória de todos os amantes do esporte para sempre.


O Campeonato Brasileiro de Motocross tem patrocínio da Sportbay, que transmite as etapas. Como tem sido essa parceria com o Grupo Pro Tork?

A TV ainda existe em nossas casas, entretanto temos que nos adequar às novas tendências culturais. Marlon (Bonilha) é um empresário visionário, que admiro como pessoa e como empresário. Eu sempre entendi que o Grupo Pro Tork, tendo como sua atividade principal o setor de motocicletas, poderia ser um grande parceiro. Isso acabou acontecendo e tenho plena certeza de que ela tem sido boa para os dois lados e que permanecerá por muitos e muitos anos.


Na temporada passada o Brasileiro de Motocross teve a estreia da Copa IMS YZ125 bLU cRU. O que achou desse evento?

Tanto a IMS como a Yamaha são parceiros de muitos anos e, assim como um mecânico faz testes de regulagens e peças na moto do piloto, o nosso Campeonato também é um grande laboratório. Estou gostando dessa categoria e acredito que é mais uma forma de incentivar novos talentos. O saldo tem sido positivo e seguiremos com esse evento em 2025.


Agora como promotor do Brasileiro de Motocross, pretende ampliar a sua atuação. O Brasil voltar a sediar uma etapa do Mundial de Motocross está em seus planos?

Novos desafios sempre me fascinaram e tenho muitos projetos como promotor de eventos. Além do motocross, ainda neste ano realizaremos em paralelo o MX1 GP Brasil E Sports, o Campeonato Brasileiro de Supercross e o Motocross Free Style em outubro e novembro. E ainda em outubro, realizaremos um encontro de motos em Rio Verde, cidade turística de Mato Grosso do Sul. 


O motocross é minha paixão. Em 2010, antes de ser presidente da CBM, eu realizei uma etapa do Mundial de Motocross em Campo Grande (MS), minha cidade. Estou trabalhando muito para trazer de volta o Mundial de Motocross e ajudar na realização do Mundial de MotoGP em Goiânia (GO) e, quem sabe, em mais cidades.  


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