top of page

Entrevista - Enzo Lopes

ree

O piloto gaúcho tem presença constante nas páginas da Dirt Action, afinal de contas, em toda a sua carreira, teve grandes resultados e momentos que ficaram marcados na história do motocross nacional. E isso no Brasileiro de Motocross, no amador dos Estados Unidos, o Loretta Lynn’s, no Motocross das Nações, no AMA Supercross e no AMA Motocross, fazendo parte de grandes equipes e colecionando resultados incríveis.


Em todos esses eventos, Enzo conquistou muito mais que grandes resultados, ele conquistou o público, que mostra um carinho pelos amantes do esporte inquestionável. Mas ele também teve que enfrentar grandes desafios com lesões, que chegaram a prejudicar sua carreira. Mesmo assim, o piloto continua gerando momentos inesquecíveis, como a conquista do melhor resultado da equipe brasileira no Motocross das Nações na Inglaterra ou, mais recentemente, a grande disputa com o escocês campeão americano de motocross, Dean Wilson, no Arena Cross, onde venceu a segunda etapa em Interlagos, pilotando uma 450cc.


O que move esse piloto a enfrentar tantas dificuldades e continuar? Com certeza, a sua paixão pelo esporte e o apoio que recebe do público. Mais uma vez, ele ganha espaço na Dirt Action para falar da atual temporada, dos seus resultados no AMA Supercross, da sua participação por completo no Arena Cross na principal categoria com uma nova motocicleta e do seu futuro no Mundial de Supercross.


DA – Neste ano, você competiu parcialmente o campeonato americano de supercross, depois de conquistar uma vaga na equipe Toyota Bar Yamaha. Como avalia sua temporada no AMA Supercross?

ENZO – Foi uma temporada muito difícil para mim. Nunca é fácil entrar no meio do campeonato, pois já tinham acontecido duas ou três corridas. E na minha primeira participação, em Anaheim 2, comecei super bem e me classifiquei no treino para a final em quinto no geral. Estava super feliz e, na Heat, se não me engano, fiz terceiro ou quarto. Mas larguei mal na final, acabei me enroscando com outros pilotos e machuquei meu joelho, rompendo parcialmente o ligamento cruzado. E daí meio que aconteceu uma bola de neve de acontecimentos, e um tombo no meio da temporada por conta de uma falha mecânica, que acontece no esporte. Então, foi uma temporada difícil, mas também muito boa. Independente do que aconteceu, é sempre bom estar no meio dos melhores, é assim que a gente aprende. Eu já estou mais experiente e acho que foi uma temporada de muitas lições

.

ree

Você tem competido praticamente somente no supercross nos últimos anos. Isso por causa da preferência pela modalidade? Ainda gosta do motocross?

Na verdade, não tenho preferência por um ou outro. Todos nós começamos no motocross, que fica no nosso sangue. Só acho que sou um piloto melhor de supercross, e por isso que eu tenho feito contratos para a modalidade. Além disso, no motocross nos Estados Unidos, teria que passar muito tempo longe da minha família, que é uma coisa que não gosto muito, de ficar longe de casa. Acho que é por isso que eu foco mais no supercross, que me dá um pouco mais de liberdade para ficar perto das pessoas que gosto, Ainda mais agora que estou ficando mais velho. Tem coisas nesta vida que que não têm preço.


Depois do AMA Supercross, você decidiu participar por completo do Arena Cross, e na categoria Pró, com uma 450cc. O que te fez aceitar esse novo desafio?

O que me fez aceitar esse desafio foi literalmente a palavra desafio, de brigar com os melhores na 450, como Den Wilson, que é um campeão americano, e o (Gregory) Aranda, que é muito, muito rápido também. E tem o desafio de eu evoluir na categoria principal, na 450. Acho que é isso que falta na minha carreira. Eu já conquistei muitas coisas nas categorias de base, na 250, e achei que estava na hora de crescer um pouco e virar homem de verdade (risos), e enfrentar a categoria principal. Então, acho que foi esses desafios disso e também o aprendizado para os próximos anos.


E como foi a adaptação na 450? Teve tempo para se acostumar com a sua tocada?

Olha, a adaptação foi tranquila porque eu comecei a treinar de 450 no ano passado, antes do Nações, onde tivemos um grande resultado, com o Fabinho (Santos) e o Bê (Bernardo Tibúrcio). Foi super bom. A minha primeira corrida com a moto foi muito, muito boa. Enfim, foi tranquilo para mim, e acho que meu estilo de pilotagem se adapta muito bem à potência da 450. Sou um cara que anda mais suave, e na 250 muitas vezes tem que fazer muita força para andar e ser muito agressivo. E acho que para mim não funciona tão bem quanto em uma 450. Acho que a adaptação foi tranquila e está sendo tranquilo para mim.


ree

Com a nova motocicleta, você duelou com o escocês Dean Wilson pela vitória nas baterias das duas primeiras etapas e conquistou o primeiro lugar na quarta prova e a vitória na segunda etapa. Como foram essas conquistas?

A vitória no Arena foi como se tivesse tirado uns 30 quilos dos meus ombros, um alívio total. Quem conhece a minha carreira, minha trajetória, sabe que nunca foi de resultado, mas sim de resiliência e de passar por vários obstáculos, lesões e sacrifícios. Então, foi um alívio ter conseguido ganhar a última bateria e vencer a geral. E ganhar contra o Dean Wilson. Brigamos nas quatro baterias de igual para igual. Foi muito, muito massa. Não só para mim, mas para o público, os fãs e familiares. Foi muito legal. Espero que conseguir continuar fazendo isso.


E como é competir com o Wilson? Ele é um cara difícil de ultrapassar?

Primeiramente, competir com o Denilson é uma honra. E segundo, ele é um cara muito gente boa, é meu amigo há muito tempo. Temos uma amizade muito legal. É um cara que acompanhei desde muito pequeno, além de ser um cara engraçado. Então, estar largando e brigando com ele de forma limpa foi muito bacana, muito bacana mesmo. Quanto à dificuldade de ultrapassá-lo, no Arena é difícil de passar qualquer cara, em virtude de a pista ser pequena, ainda mais um cara que é muito rápido e a gente está praticamente na mesma velocidade.


Você participou em uma etapa do Brasileiro de Motocross no ano passado. Por que não participar nesse campeonato por completo?

Não fiz o Brasileiro porque estava competindo no AMA Supercross. Enfim, faltam oportunidades.


Você tem participado no Mundial de Supercross. Está tudo certo para competir novamente nesta temporada? Continuará com a 450cc?

Tenho contrato para o Mundial de Supercross já há uns três ou quatro meses, só não sei em qual categoria. Estava meio acertado para correr de 250, mas agora gostaria de estar na 450, para evoluir. Enfim, vamos ver como serão os próximos capítulos sobre a minha participação nesse campeonato. No momento, vou de 250 pela mesma equipe do ano passado.


Fotos Lucas Mendes e Guilherme Lima


 
 
 

Comentários


PRO TORK.jpg
image (61).jpg
capa_bike_282.png
capa_guia_bike_2024.png
POST REDE SOCIAL.png
ConjuntoSPrint.gif
unnamed.jpg
unnamed (1).jpg
WhatsApp Image 2024-03-26 at 19.51.04.jpeg
unnamed.jpg
1200x1200.jpg
bottom of page