Top Bike - KTM 250 SX-F Simon Längenfelder
- DirtAction
- há 9 horas
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O piloto alemão Simon Langenfelder conquistou uma vaga na vencedora equipe KTM neste ano, depois de integrar a extinta equipe GasGas. Mesmo competindo com os mais rápidos adversários na MX2 do Mundial de Motocross, ele se apresenta como o mais consistente piloto da categoria que é o líder, com grandes chances de levantar seu primeiro título mundial. Para se manter na ponta, ele conta com a renovada KTM 250 SX-F, cujos detalhes e alguns segredos revelamos nesta edição.
É inegável o domínio da equipe austríaca KTM Red Bull Racing no Mundial de Motocross na categoria das motocicletas de 250cc. Desde que ela conquistou seu primeiro título, em 1989, com Trampas Parker na antiga categoria 125cc (2T), ela acumula 18 títulos na categoria de entrada do Mundial (125cc e MX2), sendo consecutivamente de 2008 (Tyla Ratray) a 2014 (Jordi Tixier) e de 2016 (Jeffrey Herlings) a 2020 (Tom Vialle), além de 2022 (Tom Vialle) e 2023 (Andrea Adamo).

Na temporada passada foi a vez do holandês Kay de Wolf, da Husqvarna, conquistar o título da categoria, mas neste ano as coisas mudaram. Enquanto De Wolf e outros candidatos ao título tentam roubar a liderança do alemão Langenfelder, ele ainda se apresenta como o mais forte candidato ao título da temporada. Vale lembrar que ele estreou na equipe neste ano, pois até a temporada passada competia na extinta equipe da GasGas, parceira da KTM.
Para brigar pelo título, Langenfelder acelera a renovada KTM 250 SX-F, que no modelo 2025 recebeu novo chassi e motor. Segundo a fábrica, tais mudanças tornaram essa vencedora de GPs mais ágil, mais fácil de pilotar e mais poderosa. Claro que a motocicleta da equipe foi alterada para tornar a moto ainda mais confortável para alemão e, portanto, ainda mais competitiva.

A equipe realizou alterações no chassi, reforçando e alterando alguns itens, como o subchassi e a posição das pedaleiras. As mesas são de fábrica, anodizadas em laranja e oferecendo regulagens do suporte do guidão, que é Fatbar, da Renthal. O acelerador é da marca Domino, para melhorar as respostas. As manetes são originais, rígidas (não retráteis). No punho direito encontram-se os botões de partida e engine stop. Não há seletor de mapas de ignição ou controle de tração, sinalizando que tudo é acertado antes de entrar na pista.
O sistema de freios é composto por pinças especiais da marca Brembo, discos com as mesmas medidas da motocicleta original (270 mm e 240 mm) e cilindros mestres especiais, também da Brembo, além de conduítes exclusivos.

O sistema de suspensão é outro item fantástico, de dar inveja a muitos oponentes. A equipe utiliza o sistema WP, de propriedade da KTM, com garfo XACT Pro totalmente modificado e produzido pela fábrica, com peças exclusivas. Assim como o amortecedor traseiro, com preparação oficial, haste e mola maiores, além de inúmeras regulagens.
O motor do modelo 2025 foi renovado, mesmo assim a equipe informa que promoveu alterações nos comandos, válvulas, pistão e anéis, virabrequim, caixa de câmbio e outros, como cabeçote e cilindro. Segundo comentários, as mudanças resultaram num acréscimo de 5 cv. As carcaças foram substituídas por peças usinadas (CNC) e o sistema de escapamento é da marca parceira Akrapovic, totalmente em titânio. O sistema de refrigeração também foi modificado, recebendo radiadores maiores e mais resistentes, mangueiras reforçadas e bomba d'água gerando maior fluxo do líquido.

Entre outras exclusividades, podemos destacar as pedaleiras construídas pela fábrica, de titânio e com dentes mais "afiados", mais leves e resistentes e com design providenciando melhor posição dos pés do piloto. Na relação encontramos a corrente da Regina e coroa e pinhão da Renthal, sendo que a coroa mais utilizada pelo piloto é a de 50 dentes, que pode mudar conforme a pista. O tamanho do pinhão não foi informado. Protetores de disco dianteiro e de motor e guia de corrente traseira são de fibra de carbono, de fabricação da própria fábrica e da Akrapovic (guias). As rodas de aros pretos são da Excel, com raios mais grossos (presos entre si) e cubos da Kite, na cor laranja e também mais resistentes.

Você percebe que pouco sobrou do modelo original e que Langenfelder agora tem a pressão de manter a placa vermelha, de líder da categoria, para, quem sabe, conquistar o seu primeiro título no ano de estreia na equipe. No entanto, a pressão que recebe dos adversários mais diretos, que inclui Adamo, De Wolf e Sasha Coenen, tem obrigado sua equipe a trabalhar incansavelmente para tornar a sua motocicleta mais rápida e ágil. Sem dúvida, a KTM quer manter o título da categoria.
Fotos Jacqueline Flaire (ação Juan Pablo Acevedo)