Top Bike - Honda CRF 450R - Jett Lawrence
- DirtAction
- há 7 dias
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A temporada 2024 poderia ser perfeita para o australiano da Honda, que conquistou nada menos que os títulos do supercross e supermotocross 450 e comandou a equipe australiana para sua primeira vitória no Motocross das Nações. Mas, infelizmente, quando defendia o título do motocross, acabou se lesionando e abandonando o campeonato.
E neste ano ele acabou se lesionando também no AMA Supercross, e voltou para disputar os títulos do AMA Motocross e o Mundial de SuperMotocross, o que acabou por conquistar. Representou novamente a Austrália no Motocross das Nações nos Estados Unidos, e a equipe levou o bicampeonato.
Para conquistar esses títulos, o piloto australiano contou com a poderosa e rápida Honda CRF 450RWE, que foi cuidadosamente preparada pela HRC, departamento de competições da marca japonesa. Apesar dos limites na preparação dos campeonatos americanos, alguém duvida que esta motocicleta tem muita performance?
Vale pontuar que Jett e seu irmão Hunter aceleram neste ano a renovada CRF 450R, com novo chassi, motor e ciclística, mas eles já haviam participado das provas finais do motocross no ano passado com a nova versão, então nesta temporada o modelo já estava mais acertado.
A seguir, vamos juntos conhecer os detalhes da motocicleta que os irmãos Lawrence utilizam nos campeonatos americanos. Há uma longa lista de atualizações de nível elite, baseadas nas máquinas da fábrica da Honda HRC. Se a CRF 450R 2025 recebeu inúmeras alterações para melhor dirigibilidade e equilíbrio, a fábrica afirma que a CRF 450RWE da equipe é referência clara no que diz respeito a estabelecer tempos de volta baixos.
CONHECENDO A MÁQUINA - O motor recebe carcaças de magnésio, mais leves e resistentes, sistema de embreagem da Hinson, com discos e separadores mais resistentes e eficientes, além da tampa permitir maior capacidade de óleo. E ainda: preparação no cabeçote, cilindro e câmbio (5 velocidades), mais pistão da marca Wiseco, válvulas exclusivas, sistema GET com conta-giros no para-lama dianteiro (para estar com os giros do motor certos para a melhor largada, ao invés de usar a intuição, pelo som do motor), radiadores OEM com tela de malha protegendo contra pedras e outros objetos que podem danificar a peça, mangueiras um pouco mais reforçadas do que as originais, abraçadeiras Oetiker permitindo alguma redução de peso, tampa do radiador de 1,8 bar, filtro de ar Twin Air, mais fino do que o que o utilizado na temporada do motocross, e protetor de motor em fibra de carbono.

O sistema de escapamento é da parceira de longa data Yoshimura, modelo RS12, todo em titânio, com tampa do silencioso em fibra de carbono e curva com “bomber”. Ainda na curva, encontramos a tampa para a leitura de O2, uma ótima maneira da equipe obter informações sobre o desempenho do motor na pista. Lembrando que comprimento e forma do escapamento alteram as características de potência, a Yoshimura desenvolve sistemas de escapamento específicas para as necessidades do piloto.

No sistema de suspensão, o garfo Kit A é feito internamente na Showa, empresa que dedica um técnico a cada piloto oficial da Honda. Esse técnico conversa com o responsável do chassi (da Honda) para ajustar as funções da melhor forma possível para a habilidade e estilo do piloto. Destaque também para o revestimento no garfo visando melhor funcionamento. Presume-se que o amortecedor traseiro da Showa trabalhe com uma mola de titânio, como a maioria das equipes.

O sistema de freios recebe pinças (polidas) da Nissin e os mesmos discos encontrados na linha de série, da Yutaka. O disco dianteiro, com 260 mm de diâmetro, recebe um protetor de fibra de carbono. Ainda no quesito protetores de fibra de carbono, um protege o motor.
A Honda de Jett utiliza guidão Renthal, modelo FatBar, e uma espuma nas manoplas para evitar lesões nos dedões, além de manetes de freio e embreagem não retráteis (preferência do piloto), tubo do acelerador da Works Connection (mais resistente) e mesas de fábrica anodizadas em vermelho, aliviadas e mais resistentes. A moto apresenta também capa de banco com pregas, para maior aderência.
No lado esquerdo do guidão encontramos um interruptor de mapa de ignição e controle de tração, com o botão que desliga o motor. Próximo ao chassi, no lado direito, existe um botão auxiliar de partida, para o caso do original sofrer uma pane em uma queda. Esse segundo botão dá ao piloto algum espaço de manobra para retomar a corrida.
O tanque de combustível é o mesmo do modelo de série, de titânio e com mesma capacidade de combustível. O pedal de freio polido melhora a aparência da motocicleta, e a equipe utiliza um cabo de aço para evitar a dobra do pedal num eventual contato com outra motocicleta. As pedaleiras são usinadas (CNC) a partir de um bloco de titânio, e o posicionamento foi alterado para o estilo de pilotagem de Jett.

As rodas possuem cubos HRC, de fábrica, anodizados em vermelho, e raios e aro da DID, modelo DirtStar. Os raios são superdimensionados, para resistirem aos esforços do supercross, mas não estão muito longe do padrão OEM. A equipe não divulga dados do eixo dianteiro, mas é possível que seja de titânio. Ainda na dianteira, encontramos o sistema da Works Connection para travar o garfo dianteiro, para uma melhor largada.

Finalizando, a relação é composta por corrente DID dourada e coroa e pinhão da Renthal, com a quantidade de dentes variando conforme a pista.
Deu para notar que a Honda realizou um grande trabalho nesta motocicleta, com certeza baseada no modelo que Jett utilizou na temporada de motocross passadoe alterações para encarar os desafios do supercross e motocross deste ano. Com o número 1 em sua motocicleta, Jett conseguiu mantê-lo no campeonato nacional de motocross e no SuperMotocross, e fechou a temporada com outra incríveil vitória da Austrália no Nações!







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