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DirtAction

Honda CRF 450R 2020


A Honda tem acumulado em toda a sua história inúmeros títulos mundiais, tanto na motovelocidade como no motocross. Pilotos se tornaram lendas pilotando motocicletas da marca, e alguns bateram recordes na trajetória de suas carreiras, como os belgas Andre Malherbe e Eric Geboerts, o britânico David Thorpe, e mais recentemente o eslovênio Tim Gajser, que inclusive conquistou na temporada passada o bicampeonato na categoria MXGP.

Mas o que fazem de suas motocicletas verdadeiros torpedos? Todos sabem do grande trabalho de engenharia e desenvolvimento realizado pela Honda em todos seus modelos sobre duas rodas. É tradição construir modelos incríveis e quando o assunto é competições, ela realiza um trabalho impressionante, projetando motocicletas vitoriosas, mas também acessíveis para o público, com seus modelos de série. No Brasil o numero de fãs da marca impressionam, conhecidos como “Hondeiros”, totalmente fiéis à marca. Dificilmente você vai conseguir persuadir um amante da Honda a comprar modelos de outras marcas.

Nos dois últimos anos, seus modelos são comercializados no mês de outubro, e para ser mais competitiva, são oferecidos com valor bem acessível. E para a linha 2020 não foi diferente, e a partir de outubro do ano passado, o modelo Honda CRF 450R já estava sendo entregue para os primeiros felizardos na lista de reservas. Vale lembrar que esse modelo foi totalmente renovada em 2017 e recebeu refinamentos e atualizações nas versões seguintes, e para a linha 2020, uma grande novidade, a adição do sistema HSTC (Honda Selectable Torque Control), desenvolvido pelo departamento de competições, a HRC, através das motos oficiais do Mundial de Motocross, que mede a taxa de aumento das rotações do motor e ajusta a entrega de potência, oferecendo melhor tração. São três as opções de intervenção do controle de tração. Este novo modelo está sendo comercializado pela fábrica pelo valor de R$ 44.462,00.

Outras novidades foram as atualizações realizadas no interior das suspensões, visando melhor performance e equilíbrio entre a dianteira e a traseira; atualizações nos mapas dos três modos de pilotagem; e a nova posição da bateria, que melhora o centro de gravidade. Essas novidades foram realizadas também nos modelos 450RWE (série limitada), 450X e 450 RX. O modelo de série limitada 2020 oferece também o sistema de escapamento completo da Yoshimura, em titânico – no modelo anterior a curva era original e somente as ponteiras eram de titânio – e o gráfico também mudou, agora com o mesmo design das motos oficiais, com detalhe na cor azul. Mas ele não é comercializado no mercado brasileiro.

E nesta semana no "Mundo Honda" vamos acelerar a nova versão da campeã mundial – a Honda CRF 450R 2020. E num sábado de dia agradável nossa equipe partiu para a cidade paulista de Mogi das Cruzes, para o centro de treinamento ASW Off Road Park, que já está se tornando um local muito freqüentado pelas marcas para apresentação e test drive das suas motocicletas. E depois de uma viagem de um pouco mais de uma hora chegamos ao nosso destino, e lá estava a linda motocicleta, novinha e pronta para ser “domada”.

Para conhecer o comportamento desta novidade do mercado nacional, contamos com o talento do campeão paulista de motocross e preparador renomado do setor, Philemon Rosa Vareda. Como disse, o dia estava muito agradável e a pista perfeita para realizarmos essa “dura” tarefa de acelerar uma motocicleta acostumado com vitórias e títulos. Confira a seguir as impressões do nosso colaborador e saiba se as mudanças realizadas pela fábrica tornaram a nova Honda CRF 450R melhor.

“Tive a oportunidade de participar dos trabalhos de teste com a Kawasaki KX 450 e a Yamaha YZ 450F 2020, e na mesma pista, então seria interessante voltar à ASW Off-Road Park para conferir o desempenho da nova Honda CRF 450R. Visualmente ela não mudou praticamente nada, mas nem seria necessário, pois sou um apreciador do visual da Honda, com sua linda cor vermelha, o grafismo simples mas bonito, muito próximo do utilizado pelas equipes oficiais no Mundial e AMA Motocross, e o destaque da Honda, as duas ponteiras, adoradas por alguns, mas criticadas por outros.

No posicionamento a Honda manteve praticamente o mesmo da versão anterior, onde o piloto fica mais para frente e em posição de ataque. A mobilidade em cima da moto é muito boa, permitindo a movimentação fácil e ágil, pricipalmente nas entradas de curvas, trazendo agilidade nas mudanças de direção também. A Honda sempre teve a tradição de construir motocicletas com grande dirigibilidade, e isso se manteve na nova versao. Ela oferece uma pilotagem mais agressiva e com total controle da motocicleta. Os freios são eficientes, mas ainda acho que podem ser melhorados, principalmente o dianteiro, que requer um pouco mais de esforço para a frenagem.

Quanto ao motor, vocies devem se lembrar que durante algumas temporadas, a Honda foi considerada a motocicleta mais fraca, contudo isso mudou neste ano, e a fábrica trouxe um motor muito forte e progressivo. A combinação na mudança de escapamento, cabeçote e ECU, deixou a moto mais agressiva e isso nos 3 mapas, já pré-programados de fábrica, e pude sentir que cada, são bem eficientes, a mudança de comportamento da motocicleta é bem sensível. Na minha opinião, o mapa 1, original, é o melhor e mais completo para se pilotar, e vai agradar os condutores intermediários. Fica sensível como o motor tem muita força e segue forte mesmo quando exigimos mais e seguramos a marcha.

Neste novo modelo a Honda introduziu o “controle de tração”, e como esperado ele colabora com o comportamento da motocicleta, mas no meu entendimento, como a terra não é consistente como o asfalto, esse dispositivo não oferece tanta melhoria como no caso das motocicletas de motovelocidade. Mesmo assim ela passa a sensação de ser mais controlável, sem perder com facilidade a traseira, mas como disse, não é tão atuante como na motovelocidade.

As suspensões nunca foram o maior atributo da Honda nos últimos anos, mesmo quando ela introduziu em sua linha o sistema de ar, considerado difícil para ser acertado. Mas isso mudou e desde o ano passado, ela decidiu retornar para o sistema convencional, com o uso de óleo e mola, que tornou o funcionamento bem melhor. Durante o teste fizemos alguns acertos, inclusive no Sag, e conseguimos deixar mais firme a traseira, melhorando o funcionamento, sendo que na dianteira outros ajustes. Talvez os pilotos mais experientes vão sentir a necessidade de uma preparação, dependendo do nível de cada piloto, e no meu caso, procuraria realizar uma acerto mais preciso para tornar seu funcionamento mais adequado ao meu estilo de pilotagem. Mesmo assim a nova 450R traciona bem e “copia” os buracos, assim como nos saltos, mesmo quando você passa do limite, caindo no “zero”, o amortecimento funciona bem. Resumindo, acredito que a Honda fez um excelente trabalho na nova versao, mantendo a grande dirigibilidade e aumentando a força do motor. ” Finalizou o piloto.

Confira também o video abaixo do respectivo teste com a Honda CRF 450R 2020. Um resumo dos trabalhos realizados na pista do centro de treinamento ASW Off Road Park.


Especificações

Motor: monocilíndrico, 4V, Unican, refrigeração líquida

Cilindrada: 449 cc

Alimentação: injeção eletrônica PGM-FI, corpo de 46 mm

Transmissão: 5 velocidades

Chassi: alumínio, berço semiduplo

Suspensão dianteira: Showa, invertida, 49 mm de diâmetro, 305 mm de curso

Suspensão traseira: amortecedor Showa, 312 mm de curso

Freio dianteiro: disco, 260 mm de diâmetro

Freio traseiro: disco, 240 mm de diâmetro

Tanque: 6,2 L

Peso (total): 112 kg

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