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Entrevista - Marcelo Langrafe - Diretor da Honda Brasil


Foto Caio Mattos/Mundoopress

A Honda fechou a temporada passada com 21 títulos, destacando o latino-americano de rali com o piloto argentino Martin Duplessis, o Brasileiro de Enduro com Bárbara Neves, e o Português e Latino-americano de Enduro com Bruno Crivilin, entre outros. Para 2024, a fábrica apresentou novidades nas equipes, como a contratação de Gustavo Pessoa e Bernardo Tibúrcio para o motocross e do americano Mason Klein para o rali. E para falar sobre as conquistas da temporada passada, pilotos e novidades para 2024, conversamos com o diretor comercial da Honda, Marcelo Langrafe.


DA – Você está há quase dois anos à frente do departamento comercial da Moto Honda da Amazônia. Como foram esses primeiros anos no setor, num período de crise mundial, inicialmente com a pandemia e agora com a guerra?

LANGRAFE – Nesse período, superamos um ambiente de negócios complexo e desafiador para seguir atendendo aos clientes com uma gama completa e consistente de modelos. 


Tivemos um desempenho surpreendente, com o retorno ao patamar de mais de 1 milhão de motocicletas comercializadas, graças à uma boa organização industrial e logística, ao fortalecimento das estratégias comerciais e, também, ao apoio de uma sólida rede de concessionários comprometida com a satisfação dos clientes.

              

Seguimos confiantes no crescimento do mercado brasileiro de motocicletas, mesmo diante a um cenário de desafios e incertezas: econômicas, políticas e globais, como foi mencionado, no caso da guerra não é diferente. É necessário estar atento às condições macroeconômicas mundiais, que impactam tanto no ambiente produtivo como no desenvolvimento socioeconômico como um todo.


A Honda Motos mantém a liderança no cenário brasileiro, com mais de 70% do mercado. Como é se manter líder por tantos anos? 

A liderança de mercado da Honda é algo que nos deixa orgulhosos, nos mostra que estamos no caminho certo, mas que, ao mesmo tempo, não nos acomoda. Nos impulsiona a continuar buscando soluções que superem as expectativas de nossos exigentes clientes.


O reconhecimento da marca Honda no Brasil é consequência de uma estratégia de negócio focada na qualidade, em todas as dimensões do negócio abrangendo nossos fornecedores, fábrica e concessionárias com a maior linha de produtos do mercado nacional e, claro, de uma cultura que coloca o cliente no centro de todas as decisões. 


A Honda mundial tem dado muita atenção aos modelos elétricos. Existe alguma estratégia para o mercado brasileiro nessa área?

A Honda reconhece que existe potencial para esse mercado, e segue estudando as alternativas que melhor atendam ao consumidor brasileiro. No momento, a Honda ainda não anunciou seu plano para o mercado brasileiro. 


A política da empresa é adotar uma abordagem multidimensional e multifacetada em direção à neutralidade de carbono, e os motores biocombustíveis também são importantes, sobretudo no Brasil, onde foi introduzido e desenvolvido, e será exportado para a Índia e outros países no futuro. 


Ainda nesse assunto, a Honda mundial apresentou e testou recentemente a Honda CR Eletric Proto no campeonato de motocross japonês, onde conquistou o segundo lugar na primeira bateria. Acredita que a inclusão de motocicletas off-road elétricas nos campeonatos será em breve?

A estreia do protótipo da primeira moto elétrica da Honda construída para competições mostra que a inclusão nos campeonatos é um caminho natural. A equipe responsável pelo desenvolvimento do novo modelo de motocicleta considerou a estreia um sucesso, conseguindo coletar dados valiosos para o andamento do projeto, portanto o objetivo é que um dia possa rivalizar com a consagrada Honda CRF 450R nas competições. 


Nas competições, a Honda fechou a temporada 2023 com 21 títulos entre campeonatos nacionais e internacionais, como o Latino-americano e o Português de enduro, com o Bruno Crivilin. Como avalia a temporada para a marca?

Mais do que a conquista dos 21 títulos em campeonatos importantes do motociclismo, a temporada 2023 foi muito importante para a Honda Racing por tudo que as equipes e pilotos oficiais vivenciaram nas competições. O trabalho árduo unido ao espírito coletivo rendeu muitas vitórias e realizações, além de experiências que ficam para seguirmos atingindo outros patamares no esporte.  


O Crivilin teve uma temporada cheia, participando no Mundial de Enduro, onde finalizou na sétima posição na categoria E1, no campeonato português, onde foi campeão na sua categoria, no Six Days e também competiu em algumas etapas do Brasileiro de Enduro e em provas como o Enduro da Independência e Ibitipoca. Como avalia a temporada desse piloto?

O Bruno Crivilin é um piloto talentoso e versátil. A nossa parceria teve início em 2019 e é uma grande satisfação acompanhar a sua evolução a cada temporada, sempre com a Honda CRF 250RX. Em 2023, ele encarou o Mundial de Enduro pelo quarto ano e novamente teve resultados consistentes. O inédito título português da classe Elite 1 foi de forma invicta, além de ter ficado em segundo lugar na Elite Absoluto (geral). Já o título latino-americano da E1 foi conquistado no International Six Days Enduro, no qual representou a Seleção Brasileira. Tudo isso e os resultados obtidos nas provas em solo nacional, tanto no enduro quanto no enduro de regularidade, mostram que Crivilin é uma referência do motociclismo brasileiro off-road da atualidade.


Quais são os planos para o Crivilin nesta nova temporada?

A Honda é a incentivadora mais antiga do motociclismo nacional, são 46 anos de apoio ao esporte, e anunciamos há pouco os planos para a nova temporada. Bruno Crivilin segue como piloto oficial em 2024, ele estará de volta à equipe Honda Racing no Campeonato Brasileiro de Enduro, em busca do seu 11º título nacional.


Maiara Basso e a Bárbara Neves foram campeãs brasileiras no motocross e enduro, respectivamente. Bárbara também foi destaque no Six Days, sendo a primeira vez que um brasileiro foi ao pódio da prova. Podemos dizer que foi um grande ano para as meninas?

Sem dúvidas, a Honda Racing destacou a força do motociclismo feminino na temporada 2023. A Maiara Basso conquistou o título brasileiro da MXF pela oitava vez, com a CRF 250R. A Bárbara Neves, primeira mulher a integrar a equipe oficial em 2019, teve um ano memorável. Além do pentacampeonato brasileiro entre as mulheres, ela fez história no motociclismo nacional com o pódio no Six Days, em terceiro lugar, ao lado da equipe feminina latino-americana, pilotando a CRF 250F. Esta ainda foi a primeira conquista internacional da motocicleta, que é produzida no Brasil, outro fato que nos enche de orgulho. Para fechar 2023, Bárbara foi nomeada embaixadora do Enduro pela FIM (Federação Internacional de Motociclismo) na América Latina.


Na temporada passada, a Honda contratou novos chefes para as equipes de motocross e enduro, respectivamente Reinaldo Almeida e Fernando Silvestre. Como avalia o trabalho deles à frente das equipes?

As equipes de motocross e de enduro trouxeram resultados importantes para a Honda Racing na temporada 2023. Acredito que os novos chefes foram decisões acertadas para as modalidades, ainda mais considerando os trabalhos que exigem prazos maiores para alcançarem os resultados esperados.


Quanto à temporada 2024, teremos novidades nas competições?

A Honda Racing anunciou uma série de novidades para 2024. Além de Bruno Crivilin no Brasileiro de Enduro, teremos o retorno de Eric Granado no SuperBike Brasil, na motovelocidade. Voltando para o off-road, no motocross destacamos a chegada do francês Stephen Rubini na categoria MX1, que terá outra novidade, o piloto Gustavo Pessoa. Os jovens talentos Bernardo Tibúrcio e Vitor Borba reforçam a equipe na MX2. Na Honda Racing de Rally, teremos a estreia do norte-americano Mason Klein, o atual campeão geral das motos no Sertões. 


Neste ano nós temos um novo presidente da Confederação Brasileira de Motociclismo, Gustavo Jacob, após a gestão do Firmo Alves. Na sua opinião, como foram os campeonatos nacionais na temporada passada? Algo precisa mudar?

A CBM é fundamental para o motociclismo, já que é a responsável pela regulamentação do esporte – o que impacta diretamente no desenvolvimento das modalidades e na segurança das competições. Esperamos que a entidade faça uma análise detalhada de todos os campeonatos nacionais para aplicar as melhorias necessárias, já que apenas a evolução constante trará o desenvolvimento que todos buscamos. Desejo boa sorte ao novo presidente, que seja um mandato de muitas conquistas para o motociclismo nacional.



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