Entrevista - João Henrique Montani - Diretor da MXF
- DirtAction
- 16 de jul.
- 3 min de leitura

A MXF Motors é uma das empresas nacionais que oferece ao mercado brasileiro motocicletas off-road, e recentemente ela apresentou os novos modelos da 250TSX e da 300TSX, que receberam inovações. A marca também está totalmente comprometida com o esporte, mantendo o apoio a pilotos e equipes que participam em competições oficiais de grande porte, como no Campeonato Brasileiro de Enduro FIM, onde foi campeã em 2019 e 2021, no Campeonato Brasileiro de Hard Enduro (BRHE) e no ISDE (International Six Days of Enduro) 2019, em Portugal.
Grande novidade é que a partir deste ano ela assumiu a representação da marca italiana de motocicletas Fantic, que também está presente em competições internacionais, como no Mundial de Motocross e Mundial de Enduro, onde o brasileiro Patrik Capila participa com uma motocicleta da marca e lidera sua categoria. Para saber mais sobre essa novidade e como a nova marca pretende atuar no mercado e esporte, conversamos com o João Henrique Montani, diretor da MXF.
DA – Como surgiu a oportunidade de representar a Fantic no Brasil?JOÃO HENRIQUE – A oportunidade surgiu de forma bastante natural. A Fantic vem se destacando globalmente pela qualidade técnica e performance de suas motos, especialmente no off-road, segmento no qual temos uma presença consolidada. Estávamos em busca de uma marca europeia com histórico de competição, tradição e inovação para complementar nosso portfólio. As conversas com a Fantic evoluíram rapidamente, justamente porque compartilhamos os mesmos valores: paixão por performance, excelência em engenharia e compromisso com o esporte e, principalmente, com os nossos clientes. Hoje, temos orgulho de sermos os representantes exclusivos da Fantic no Brasil.
A marca possui modelos on-road, como a Caballero 700. Existe a intenção de distribuir também esses modelos no mercado nacional ou irão focar somente o off-road?Nosso foco inicial será o off-road, onde já temos forte presença e relacionamento com o público. A Fantic é muito competitiva nesse segmento e queremos consolidar essa base primeiro. No entanto, acompanhamos com bastante atenção o interesse crescente por motos estilo scrambler, como a Caballero 700, e não descartamos trazer esses modelos em uma segunda fase. Tudo será feito com planejamento e respeito à identidade da marca no Brasil.
E quanto às bicicletas, com a marca tendo inclusive modelos elétricos? Eles também podem ser comercializados pela MXF em breve?Sim, esse é um movimento possível. Temos uma divisão no grupo, a MUV, focada em mobilidade elétrica leve, e as e-bikes da Fantic se encaixam perfeitamente nessa proposta. Estamos estudando a viabilidade técnica, comercial e de homologação, mas o interesse é real. Acreditamos que o futuro da mobilidade também passa pelas bicicletas elétricas de alta performance, e a Fantic é uma referência nesse segmento.
Serão comercializar todos os modelos off-road neste início de atividades com a marca Fantic?Neste primeiro momento, vamos priorizar os modelos com maior apelo competitivo e demanda no Brasil, como os modelos XE300 de 2 tempos e a XEF310 de 4 tempos, ambas de enduro. Estamos estruturando a operação para garantir peças, assistência técnica e um pós-venda de excelência. À medida que o mercado responder, vamos expandir o portfólio, sempre com foco em qualidade e performance.
Já existe algum plano de patrocínio para pilotos? Pensam em montar equipes nos campeonatos nacionais?Sim, faz parte da nossa estratégia. Estamos finalizando os acordos com pilotos e equipes para que a Fantic entre nas principais competições do país com força. Acreditamos que a presença nas pistas é essencial para validar os produtos e mostrar sua capacidade ao público. Além disso, vamos apoiar talentos em categorias de base, para construir uma cultura sólida em torno da marca no Brasil. Essa é a cultura do Grupo MXF.
Patrik Capila participa no Mundial de Enduro com a Fantic e venceu as duas primeiras etapas em sua categoria. Como ele tem avaliado a motocicleta?O Patrik tem sido uma referência para nós. Ele elogiou bastante a ciclística, a entrega de potência e o equilíbrio da moto nas condições mais exigentes do Mundial. O desempenho dele fala por si só, vencer duas etapas seguidas mostra que a Fantic é extremamente competitiva. E para nós é motivo de orgulho ter um brasileiro brilhando com a marca no cenário internacional e com grandes chances de trazer o título mundial para o Brasil e para o Grupo MXF.
Sobre a MXF, quais são as novidades para esta temporada?Temos várias novidades. Lançamos recentemente uma nova geração das nossas motos off-road nacionais, com melhorias em suspensão, eletrônica e design. Também estamos investindo forte em pós-venda, tecnologia embarcada e expansão da nossa rede de concessionárias. Além disso, a chegada da Fantic, claro, e os avanços da MUV no setor de bicicletas elétricas, o MXF Group se posiciona como um dos grupos mais completos em mobilidade off-road e leve no país. Seguimos crescendo com os pés no chão, paixão pelo que fazemos e foco total no consumidor.







.png)






.jpg)



Comentários