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Entrevista exclusiva - Fernando Silvestre - Comissão Técnica no Nações


Dando continuidade ao tema "Team Brasil no Nações 2024", e depois de conversarmos com um dos pilotos representantes, o Enzo Lopes, agora batemos um papo com Fernando Silvestre, chefe da delegação da Comissão Técnica da CBM para o evento. Fernandinho tem em seu currículo uma vida dedicada ao off road nacional, praticante, empresário e grande incentivador do esporte e do mercado, e agora ele tem a missão de fazer parte de uma equipe na busca por um bom resultado do Brasil no próximo Nações, que ocorre entre os dias 04 a 06 de outubro na Inglaterra.


da - Como surgiu a oportunidade de fazer parte da comissão técnica para o Motocross das Nações?

Fernandinho - O convite veio através do do Gustavo Jacob, presidente da CBM, que é um amigo muito querido e de longa data, uma amizade muito próxima. E trabalhamos juntos já em vários eventos, várias provas de enduro, de motocross, mundial entre outras. Quando mudei para Belo Horizonte, cheguei a ser vice presidente da Federação Mineira, sendo ele o presidente, e depois que assumi a equipe Honda, tive que deixar essa função.


O convite veio através dele e do Wesley Paquito, vice-presidente da CBM, inclusive também já estávamos desenvolvendo essa ideia. Desde que o Jacob assumiu a CBM, tinha-se a ideia de participar do Nações de outra forma. Como disse, ele é um grande amigo, que me pediu um grande favor de uma coisa que você pode deixar uma semente no futuro para o esporte. Então não tinha como não aceitar e não me envolver plenamente. É sempre uma honra, a maior honra de qualquer profissional do esporte representar o seu país. Estou vivendo isso já alguns anos, como no Six Days, e agora no Nações. Como disse é uma grande honra, estou muito honrado e feliz com essa oportunidade.


da - Como avalia essa nova posição da Confederação em assumir a responsabilidade de enviar uma equipe para o Nações?

Penso que as confederações são as responsáveis pelas representações do país em eventos internacionais, como o Six Days e o Nações. O Cacau (Manuel Carlos Hermano) teve um papel fundamental no passado e é muito mais importante do que muita gente imagina, porque é muito importante politicamente para o País estar no Six Days ou no Nações, e isso foi possível graças a esse trabalho que foi feito, sempre foi feito com muito carinho.


Acho que devemos agradecer e valorizar o trabalho que foi feito, mas a CBM tem que estar envolvida diretamente nessas provas, é o que todos os países fazem. A fórmula que está sendo desenvolvida é para criar um processo, não é um passo único, e sim que perdure. E que seja feito respeitando as equipes, os atletas, os patrocínios, com os melhores atletas, que estão nas suas melhores condições para representar o seu país. Então eu vejo uma forma muito boa, muito gratificante, lembrando que já tivemos várias vezes com a CBM muito diretamente ligada à eventos internacionais, e pela primeira vez está sendo criado realmente um projeto, estamos criando uma forma de trabalho que permita que outras pessoas possam fazer também, tem muita gente capaz de estar envolvida, que possa fazer isso.


da - Além de você, a comissão conta com o Cale Neto como Chefe da Equipe e o Guilherme Kyrillos como gestor logístico. Como tem sido trabalhar com eles?

A comissão é liderado pelo Jacob, presidente da CBM, e o Paquito também. O Cale é o chefe de equipe, o Gui da logística, e tem sido um trabalho muito intenso, mas muito prazeroso. O Cale já é um amigo de longa data, já tivemos várias atividades juntos no passado, é sempre foi muito tranquilo trabalhar com ele, e tudo está sendo realizado como era esperado.

O Gui eu conheci a pouco tempo, conheci no passado e agora tive uma proximidade maior, mas tem outras pessoas trabalhando nesse projeto, não é só a comissão, e acaba envolvendo mais gente para para esse trabalho. É muito bom você trabalhar com pessoas apaixonadas e dedicadas, principalmente por entenderam o projeto, mergulharam na honra que é representar o seu país.


É o nosso objetivo, criar as melhores condições para os nossos atletas, atender da melhor forma possível, dar o melhor suporte para eles, tanto técnico de material, como o emocional, mental. Tenho a possibilidade de ajudar um pouco mais nessa etapa, nesse Nações, por ser na Inglaterra, que é um lugar que eu fiz muitas amizades, mas realmente tem sido um trabalho muito, muito delicioso, e prazeroso, e muito light. Está sendo muito tranquilo, está correndo muito bem, com muito bom senso e com muita paixão.


Jacob ( a esq.), Paquito, Bê, Fabinho, Enzo, Cale, Gui e Fernandinho

da - Como será a estrutura para a equipe, já que o Fabinho e o Enzo vão competir de Yamaha e o Bernardo de Honda? Contam com suporte de equipes estrangeiras?

O Enzo vai antes com o Cale para já fazer esse teste na sua moto e treino de acertar a moto, já o Fabinho vai fazer a última etapa do Mundial de Motocross na Espanha, então vai estar com sua moto já acertado em condições europeias. O Bernardo, tem o apoio da Honda Inglaterra, que é conduzida pelo seu gestor Dave Thopre, ex-campeão mundial, que conhecemos no ano passado. Então ele vai ter um suporte muito bom. O Bê está indo antes também para fazer treinos, vai fazer uma etapa do campeonato Inglês, vai ter um período de 15 dias na Inglaterra.


Tudo isso para uma preparação maior para a prova, que é focada em acerto de moto, climatização, etc, então eu não tenho dúvidas que todo esse suporte que está envolvido, com as marcas aqui, as suas equipes, suas fábricas, estão dando um suporte gigantesco, um apoio enorme, e todo esse apoio, tanta gente trabalhando de uma forma focada, acredito que eles tem uma estrutura que permite oferecer realmente uma condição muito boa para eles.


da - Além dos pilotos e da comissão técnica, tem mais gente acompanhando a equipe?

Sim, além dos mecânicos brasileiros, o Paquito vai estar presente na prova, ele tem um trabalho muito importante, pois além de nos ajudar com os atletas, também vai ter a oportunidade de coletar conhecimento para o nosso Campeonato Brasileiro. Além de vice-presidente da CBM, é o diretor de prova do Brasileiro e faz provas impecáveis e vai ter oportunidade de desenvolver seu trabalho, de ter conhecimento, viver essa experiência. O Nações é uma prova extremamente bem organizada, uma prova única, porque ela acontece num lugar que não tem energia. Tudo é levado para fazer o evento, tudo é construído para o evento.


Em 2018 tive a oportunidade de ajudar no GP da Inglaterra. Trabalhei diretamente com a organização, então vou poder ajudar ele a estar próximo das pessoas e viver essa experiência. Além disso, as equipes vão ter os pilotos, juntamente com seus representantes, e seus parentes. Claro que é o time Brasil, então o suporte, a ação é focada no time que foi montado. Mas as famílias vão estar presentes apoiando os pilotos dando suporte a eles, e isso é importante. Assim, todo mundo que veio para agregar foi muito bem recebido, será muito bem recebido. E toda iniciativa para acrescentar de uma forma correta, tranquila, transparente, está sendo realizado, tudo como deve ser feito.


da - Entre os pilotos, esta é a primeira participação do Bernardo Tibúrcio no Nações. Como acha que ele vai encarar esse novo desafio?

O Bê é um atleta muito novo, ele é um jovem, mas que está muito tempo no esporte, desde as 50 cilindradas. E ele teve experiências internacionais, como o Mini Oz nos Estados Unidos, e no passado teve a oportunidade de fazer uma etapa do campeonato Inglês, com suporte da Just1, e venceu uma prova, que foi a primeira vitória do Brasil na Europa. Estava muito frio, e tínhamos um esquema muito simples, com uma moto, mecânico e uma Van.


E ele tem outra característica que é muito interessante, ele é terceira geração de uma família de motociclistas, o avô andava de moto, o pai anda, então ele tem uma vivência de moto e muito intensa. É um atleta profissional, de altíssimo nível, com títulos importantes, então tenho certeza que ele vai fazer uma belíssima participação. Vai ser muito interessante ver ele em mais uma experiência e poder estar junto com ele.


Por coincidência, é muito amigo da minha família, do meu filho. Nós estamos muito próximos, somos muito amigos da família dele. Também tenho uma proximidade muito grande do Fabinho que também tem uma história longa, e o Enzo, que o conheço desde as 50 cilindradas. Vai ser muito interessante poder estar próximo deles, sou um grande fã deles.


da - E qual a sua expectativa da equipe para a prova?

Fazer uma competição muito intensa e muito curta é incrível. Você tem aquele final de semana para buscar o melhor resultado, todo mundo ali querendo entregar tudo, os melhores do mundo, uma prova com muita tradição Tenho certeza e esperança que a gente vai fazer um resultado todos estão extremamente motivados, mas é uma grande caixa de surpresas, você pode ter um piloto de um outro país que acordou naquele dia, que vai fazer a diferença. Você pode ter um tempo de largada ruim, você pode ter inúmeras coisas que possam dificultar o trabalho, mas nós nunca tivemos tão bem estruturado, tão bem planejado e preparado para a prova.


Então, a minha expectativa é a melhor possível. A ansiedade é enorme, eu acho que agora é controlar a ansiedade de todos nós. O Cale disse uma frase que faz muito sentido - "Se você não está ansioso, porque você não quer ganhar". Penso que todos estão com "Tensão Pré Nações", mas muita alegria, muita felicidade, muito orgulho e disposição. E vai ser muito legal. Um dos meus objetivos de fazer parte desse trabalho, desse grupo de trabalho, é ajudar além do resultado, trazer muita experiência, muita vivência que todo mundo tem nesse evento. Uma viagem, um trabalho, uma parte da sua vida inesquecível e maravilhosa.

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