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Entrevista Exclusiva - Enzo Lopes


Fotos Marcelo Maragni/Motul

Com grande sucesso nos Estados Unidos, sendo que nesta temporada tinha contrato com a poderosa Star Yamaha para participar do AMA Supercross, mas um problema na sua mão o tirou do campeonato. E para surpresa de muitos, foi divulgado que Enzo vai participar das próximas etapas do Sportbay Brasileiro de Motocross em São Paulo, com apoio da equipe 595 Yamaha e a Motul.


Esperamos que Enzo tenha grande sucesso no seu retorno nas competições no Brasil. E para saber mais sobre sua lesão, seu estado de saúde atualmente e a sua presença no brasileiro, conversamos com o piloto gaúcho que construiu uma incrível carreira internacional.


DA: Você ficou de fora do AMA Supercross em virtude de lesão. Qual o seu verdadeiro problema de saúde? Já está recuperado?

EL: Na verdade não tive nenhuma lesão, não sofri nenhuma queda, mas fiz um procedimento que vários pilotos estão fazendo para “arm pump”, só que a verdade é que a real causa do incomodo no braço não era bem arm pump, mas sim um incômodo na região do pulso, e ninguém conseguia descobrir o que realmente era.  Enfim, em 2023 eu fiz a cirurgia do túnel do carpo, e aliviou bastante meus sintomas, tanto que 2023 foi a minha melhor temporada e quando cheguei na Star Racing para a pré-temporada comecei a sentir alguns incômodos de novo e o time decidiu fazer esse procedimento, que a princípio era simples, em duas semanas estaria recuperado, mas talvez pelo fato do meu problema ser mais perto do pulso, a injeção causou algo que mudou completamente a minha carreira, na verdade.


Fazem 7 meses agora e eu ainda estou com apenas 70% da minha força normal. É uma situação bem triste, mas é isso, na verdade é que eu não tive nenhuma lesão de queda, foi um procedimento que eu e a equipe tentamos fazer para acertar e que não deu certo.

 

DA - Acabamos de receber a notícia da sua participação nas etapas do Brasileiro de Motocross em Interlagos com o apoio da Motul e a equipe 595 Yamaha. Como surgiu essa oportunidade?

EL: A oportunidade surgiu através do Luan, da Motul, que eu conheço há mais de 10 anos, ele é meu amigo desde a época da Red Bull.  Eu já estava aqui no Brasil há um mês, treinando motocross. Aliás muita gente pergunta como é que eu vou  correr aqui e não vou correr o Supercross lá nos Estados Unidos. As pessoas têm que entender que correr em alto nível no Supercross é muito diferente do motocross, não só pela pista mas pela suspensão que é tão dura, você usa o freio muito mais que o motocross, e isso faz com que minha lesão se exponha muito mais na situação do Supercross, ainda mais em alto nível, então tenho treinado motocross aqui no Brasil.


Não que eu esteja 100% mas é um pouco mais fácil e mais “tranquilo” entre aspas, e estou me sentindo bem treinando motocross.  Eu jamais aceitaria uma oportunidade como essa se eu soubesse que não iria conseguir andar bem ou dar o meu melhor, então essa oportunidade surgiu através do Luan, através da MOTUL, e eu pensei por alguns dias, comigo mesmo, pois era um sigilo e eu não pude falar com ninguém, e então decidi correr, não só por mim mas também pelos meus fãs, muita gente tem um carinho enorme por mim e me pedem muito para eu correr no Brasil, então eu acho que vai ser bem bacana.

 



DA - Você vai competir por completo no brasileiro, ou somente essas duas etapas em São Paulo?

EL: Vou competir somente nessas duas etapas em Interlagos.

 

DA - Deu tempo para se adaptar a Yamaha da equipe? Você vai competir na MX2 ou MX1?

EL: Lá na corrida vou competir com a minha moto 250cc. Só para a sessão de fotos que eu treinei com a moto da Equipe 595.

 

DA - E como está sua parceria com a Star Yamaha nos Estados Unidos?

EL:  Minha parceria com a equipe está tranquila, na verdade quando saí de lá o chefe me ligou e disse que as portas estarão sempre abertas e vai de mim decidir se eu quero voltar prá lá ou não. No momento, devido a essa situação delicada, eu nem consigo pensar muito nisso, é um assunto meio obscuro para mim, então eu pretendo pensar nisso mais para frente, e ver o que Deus e o Universo têm prá mim. Mas as portas lá estão abertas e o pessoal sempre foi muito bacana comigo, até porque a decisão de ter feito esse procedimento não foi só minha, na verdade foi 80% deles.

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