Entrevista - Bernardo Tibúrcio
- DirtAction
- há 5 horas
- 4 min de leitura

O piloto mineiro teve uma temporada que podemos considerar perfeita. Ele venceu os campeonatos Brasileiro de Motocross e Arena Cross, representou novamente o Brasil no Motocross das Nações, onde a equipe garantiu o recorde, superando o resultado histórico da edição passada, e fechou o ano participando na última etapa do Brasileiro de Enduro, em Patrocínio, e vencendo em sua categoria.
O que mais ele poderia esperar de uma temporada? Para falar sobre isso e outros assuntos, abrimos espaço para uma conversa com o talentoso Bernardo, que tem um futuro brilhante no esporte e se prepara para outra grande temporada.
DA – Como foi receber novamente o convite para representar o Brasil no Motocross das Nações?
TIBÚRCIO – Receber o convite para representar o Brasil no Motocross das Nações é sempre especial, e dessa vez não foi diferente. Tive um ano muito bom, então já vinha pensando no Nações. Quando recebi o convite, fiquei ainda mais animado, foquei ainda mais nos treinos.
No ano passado, o Brasil havia conquistado seu melhor resultado até então, o 13º lugar. Como isso marcou a sua carreira profissional?
Ano passado foi sensacional, foi o meu primeiro ano no Nações. Foi bem difícil, tive que me acostumar com muita coisa nova. Mas já nesse primeiro ano, juntamente com o Enzo (Lopes) e o Fabinho (Santos), a gente fez o melhor resultado da história. Foi perfeito. Isso marcou muito porque já no meu primeiro ano eu consegui realizar esse feito. Então, acredito que de lá pra cá todos só temos melhorado.
Neste ano, os seus companheiros de equipe foram os mesmos do ano passado, o Fábio Santos e o Enzo Lopes. Como foi trabalhar com eles novamente no Nações?
Trabalhar com o Fabinho e o Enzo é sempre sensacional. Tive essa experiência com eles e a gente pôde treinar um dia antes da corrida, então deu para ver um pouco como ia ser o clima. Eles me ajudaram com tudo, deram dicas e compartilharam suas experiências. Foi muito bom. Eles acrescentaram muito e é muito bom trabalhar com eles.
A edição deste ano do Nações aconteceu nos Estados Unidos, no circuito de Ironman, numa pista famosa do motocross mundial que você não tinha experiência. Como foi lidar com essa novidade?
Sim, foi numa pista que eu nunca tinha andado, mas que faz parte do campeonato norte-americano de motocross. Então, eu pude observar um pouco as transmissões das corridas e ver o traçado e estudar um pouco as linhas antes da prova. Mas ela teve algumas mudanças e, então, foi nova para todo mundo.
Como se preparou no Brasil para a prova? Como foi o seu ritmo de treinos?
A preparação no Brasil foi muito forte, e nas semanas antes da prova a gente teve a final do Brasileiro de Motocross. Foram corridas que eu pude treinar bastante e puxar o ritmo, juntamente com o (Benjamin) Garib, que também iria correr pelo Chile. A gente fez corridas muito boas. E depois do Brasileiro eu treinei firme também em casa.
A sua temporada 2025 pode ser considerada perfeita. Você conquistou os títulos do Brasileiro de Motocross e do Arena Cross e outro resultado histórico no Motocross das Nações. O que tem a dizer da temporada?
Sem dúvidas. Exatamente, a temporada de 2025 foi perfeita, com os títulos do Brasileiro de Motocross e do Arena Cross e ainda ser convocado e poder representar o meu país no Motocross das Nações. Foi sensacional poder trazer o melhor resultado da história novamente para o Brasil. Então, só tenho a agradecer à minha equipe, a Deus e à minha família por essa temporada que foi perfeita, realmente.
E como foi o Nações? Quais foram suas maiores dificuldades?
O Nações é incrível, é sempre mais que uma corrida, é sempre especial. Dessa vez, nos Estados Unidos, na pista de Ironman, não foi diferente. É uma prova muito bacana, em um terreno diferente do que a gente está acostumado. É uma pista bem difícil. Dessa vez a gente não pegou chuva, apenas sol, e isso ajudou bastante. Gostei muito da pista, de tudo. Consegui me acertar bem ao longo dos dias, cada entrada na pista era uma melhora. Foi mais um Nações concluído com sucesso.
Como a sua Honda CRF 250R, com suporte da HRC do Mundial se comportou na prova?
A minha CRF 250R estava simplesmente perfeita, eu andei com a moto da SLR, que é uma equipe satélite da Honda e me deu total suporte, junto com a HRC. Fiquei na estrutura da HRC, com algumas peças, minha moto também era uma HRC. Foi um sonho pra mim. A moto se comportou muito bem. A gente fez alguns ajustes antes, na Califórnia, e quando eu cheguei na pista, a gente também andou um pouco. Fizemos os treinos, alguns testes e promovemos algumas alterações. E ela esteve sempre perfeita, para cada corrida.
Depois de uma temporada recheada de conquistas, o que pretende fazer no final do ano?
Agora que acabaram as corridas, dei uma descansada. Mas como a gente não consegue ficar sem moto. Vi que teria a final do Brasileiro de Enduro em Patrocínio (MG) e perguntei para o Reinaldo (Almeida, chefe de equipe) se eu podia correr. E ele falou: “com certeza". Fiquei muito feliz pela oportunidade de estar com a galera do enduro, todo mundo me recebeu muito bem. Gosto bastante da modalidade e me diverti demais. E ainda consegui um resultado que eu não esperava (venceu a Elite e a EJ).
Quais são os planos para 2026 e como pretende realizar sua pré-temporada?
Agora é hora de pensar em 2026, nos planos para o ano que vem. Estou animado com as possibilidades. Sempre tive vontade de competir mais no exterior, vamos ver o que irei definir para a próxima temporada. Certamente virá coisa boa.
Fotos Ney Evangelista e Doni Castilho/Mundopress e Lucas Mendes






.jpg)






.jpg)



Comentários