Destaque - Luanna Neves
- DirtAction
- há 12 horas
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A jovem piloto de Goiânia tem conquistado títulos em seu Estado e decidiu enfrentar os desafiadores campeonatos nacionais, onde chegou a ser vice-campeã. Mas faltava o tão esperado título brasileiro, que acabou chegando nesta temporada na categoria FMX do MX1 GP Brasil Sportbay, o Brasileiro de Motocross.
Com o apoio da equipe 595 KTM Pro Tork, a jovem piloto com um talento nato foi consistente e buscou seu primeiro título brasileiro, vencendo cinco das seis etapas do campeonato. Acompanhe essa entrevista e conheça melhor essa promessa do esporte nacional. Confira a entrevista com a atual campeã.
DA – Como você entrou para o mundo off-road? Teve incentivo da família?
LUANNA – Eu entrei para o off-road através do meu pai. Ele andava muito de modo de rua e sempre me levava para assistir às corridas no autódromo. Só que nunca fui afim do motocross. Um dia, um amigo dele falou pra gente acompanhar uma corrida de motocross, vi um menino andando e falei que queria muito praticar o esporte. E desde esse dia me apaixonei pelo mundo off-road. Pedi para o meu pai uma moto e, com muito apoio da família, ele acabou comprando. Desde então, nunca mais saí do off-road.
Quais foram os títulos que conquistou antes do Brasileiro?
O título brasileiro foi muito importante para a minha carreira, algo que eu sempre sonhei. Antes dele eu tive vários títulos do meu estado, do Campeonato Goiano Copa Goiás, na 50cc, também fui vice-campeã brasileira de motocross e do Arena Cross. Graças a Deus, este ano deu certo, consegui conquistar o título de campeã brasileira de motocross.

Você faz parte da equipe 595 KTM Pro Tork. Como surgiu a oportunidade de integrar essa equipe?
Eu parei um ano de andar de moto, em 2022, e só retornei no ano seguinte, para brincar, me divertir. Como eu estava treinando bastante, fui no Campeonato Brasileiro e conseguiu um top 5 na categoria MXF com uma motocicleta de 80cc. E, graças a Deus, em 2024 eu consegui entrar na equipe 595 no meio do ano, entrei com uma Yamaha. Neste ano a gente veio de KTM, que me ajudou bastante durante a temporada para conquistar o título. Sou muito grata por essa parceria.
Como é trabalhar com a equipe no Brasileiro e no Arena Cross?
Trabalhar com a equipe no Brasileiro e no Arena Cross é muito bom. Sempre tive vontade de correr no Arena. Corri de 50cc, mas nunca de 4 tempos, de 250cc, e tenho essa vontade. Trabalhar com a equipe no Brasileiro foi uma oportunidade única para mim, porque permite crescer o nível na minha carreira. A equipe é fundamental, sempre me proporcionando o melhor nas corridas e nos treinos, em qualquer situação.
Neste ano você competiu com uma KTM. Como foi sua adaptação à motocicleta?
Foi muito boa, eu corri de KTM desde criança, sempre gostei de competir com essa motocicleta. Então, foi uma adaptação muito fácil, consegui deixá-la perfeita para minha pilotagem, para competir nos campeonatos neste ano.
Como foi sua rotina de treinos nesta temporada? Mudou algo comparado com o ano anterior?
Meus treinos sempre foram muito puxados, sempre treinei bastante. Treino todos os dias, tanto com a moto como o físico. Inclusive, intensificamos os treinos nesta temporada, o que me ajudou a evoluir no esporte. Vi minha evolução a cada treino eu, e isso me fez treinar cada vez mais.
A categoria Feminino vem crescendo ao longo dos anos. Como você vê a evolução da categoria e o que precisa ser feito para atrair mais garotas para o esporte?
A categoria cresce bastante. Apesar da presença ainda não ser a ideal, ela tem evoluído, tem muitas meninas se dedicando bastante para crescer no esporte. Acho que é preciso maior divulgação da categoria para ter mais meninas competindo. Tenho certeza que a categoria vai crescer ainda mais e evoluir num futuro próximo.
Como avalia os campeonatos Arena Cross e Brasileiro de Motocross desta temporada?
Penso que o Brasileiro de Motocross e o Arena Cross foram incríveis! Tivemos várias etapas do Brasileiro, e acredito que a categoria Feminino deveria acontecer em todas as etapas do campeonato. Estamos conversando sobre isso. Não tenho o que falar do Brasileiro de Motocross porque ele foi muito bom. Assim como o Arena Cross, com a rodada dupla em Interlagos, que foi sensacional. Claro que sempre tem coisas para melhorar, mas foi uma grande temporada para os campeonatos nacionais. Eles estão no caminho certo.
Você conquistou o tão almejado título de campeã brasileira de motocross numa temporada bem disputada. Quais foram as maiores dificuldades no ano?
A dificuldade no ano foi eu mesmo, com um trabalho mental para cada etapa. Você tem que crescer a cada uma, melhorando passo a passo. Acredito que a maior dificuldade foi a minha cobrança nos treinos e nas corridas, durante toda a temporada.
O que costuma fazer nas horas de folga dos treinos e competições?
Nas horas de folga, fico com a minha família, além de sair com os meus amigos, coisa que não faço nas semanas de treinos e nas corridas. Isso também é bom para a mente, não é bom ficar focada somente no esporte. Precisamos ter momentos de descanso, de relaxamento, para que possamos estar melhor a cada dia.





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